Tuesday, October 13, 2009











Esperança

Se quiseres partir amanhã
eu paro o mundo
com facilidade assim
com esta mão
e então descobriremos
o mais profundo fundo que há no mundo
que é no irmos fundo às coisas
que há razão
de verdades consumadas me consomem
de falácias bem montadas me alimentam
mas meu filho mora o reino do futuro
que é mais duro
e não vai ser com palavras
que o contentam

Se a morte lenta te rebenta sob a pele
a cada dia
e se no teu braço apenas sentes a força
de um cansaço organizado
mas manténs na tua fronte a dúvida
e o gosto pelo longe e a maresia
e se sentes no teu peito de criança
a alma de um sonho amordaçado
se quiseres partir amanhã
eu paro o mundo
com facilidade assim
com esta mão
e então descobriremos o mais profundo
fundo que há no mundo
que é no irmos fundo às coisas que há razão
--Pedro Barroso

5 comments:

Jonice said...

Que fotos lindas de um lugar maravilhoso, Teresa! E o poema! Que poema!!!

Beijinhos :)

Paula said...

Minha querida amiga adorei este maravilhoso poema de Esperança e as belas imagens de um lugar lindo que tivemos o privilégio de desfrutar juntas, numa tarde de Sábado maravilhosa.
Tivemos sorte de encontrar estes belos lírios d'água, penso que é assim que lhe chamam a embelezar aquelas águas que eram um autêntico espelho.
Tenho “esperança” de que para o ano façamos mais registos naquele lugar que adorei!

“A esperança não é um sonho, mas uma maneira de traduzir os sonhos em realidade.
(Suenens)”

Beijinhos grandes repletos de carinho,
Ana Paula

gaivota said...

que sítios lindossssssss e boas fotos!
mesmo e só na voz do barroso...
beijinhos

Anita said...

Que a semana comece com o azul do firmamento, o verde da esperança e o vermelho da paixão... Que paz e amor te acompanhem em todos os momentos.


Beijos.
Fica bem. Fica com Deus.
Anita (amor fraternal)

Anonymous said...

Curioso... Aqui nada chamas, já vi quem chamasse "lírios de água"... Eu conhecia isto por "jacinto aqüático" (Eichornia crassipes), espécie famosa por ser uma praga incontrolável.
«O "jacinto aqüático" dificulta o aproveitamento das águas para a rega e gado e provoca a alteração das características físico-químicas da água. Devido ao tapete que forma sobre a superfície da água provoca o efeito de sombra que impede a actividade fotossintética, a redução da produção de fitoplâncton e a diminuição das trocas gasosas entre o ar e a água. Esta espécie origina grandes massas de material em decomposição da qual pode resultar anaerobioses e interfere com o desenvolvimento das espécies autóctones.» (http://www.ajc.pt/cienciaj/n15/gera.php3).
Independentemente da reputação desta plantinha que até dá uns close-ups porreiros, tens aqui uma excelente série de fotos, qualquer uma delas com uma bela cor e uma óptima definição, acompanhadas de textos simples e bonitos, no seu todo um excelente olhar sobre este lugar paradisíaco.