Saturday, September 29, 2007

AMIGOS






Tenho amigos que nao sabem o quanto sao meus amigos,nao percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade e um sentimento mais nobre do que o amor,eis que permite que o objectivo dela se divida em outros afectos,enquanto o amor tem intrinseco o ciume,que nao admite a rivalidade.

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! A alguns deles não procuro, basta saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...mas é delicioso que eu saiba e sinta que eu os adoro, embora não declare e os procure sempre...

Ate mesmo aqueles que nao percebem o quanto sao meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existencias.

A alguns deles nao procuro,basta-me saber que eles existem.Esta mera condicao me encoraja a seguir em frente pela vida.Mas, porque nao os procuro com assiduidade nao lhes posso dizer o quanto gosto deles....eles nao iriam acreditar.

Muitos deles estao lendo esta cronica e nao sabem que estao incluidos na sagrada relacao de meus amigos,mas e delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,embora nao declare e nao os procure.

E as vezes quando os procuro,noto que eles nao tem a nocao de como sao necessarios de como sao indispensaveis ao meu equilibrio vital,porque eles fazem parte do Mundo que eu,tremulamente construi e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer,eu ficarei torto para um lado..Se todos eles morrerem,eu desabo!Por isso e que ,sem que eles saibam,eu rezo pela vida deles,e me envergonho,porque essa minha prece,em sintese dirigida ao meu bem estar,ela e,talvez fruto do meu egoismo.

Por vezes mergulho em pensamentos sobre alguns deles.Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,cai-me alguma lagrima por nao estarem junto a mim,compartilhando daquele prazer.

Se alguma coisa me consome e me envelhece e que a roda furiosa da vida nao me permite ter sempre ao meu lado,morando comigo,andando comigo,todos os meus amigos,e principalmente os que so desconfiam ou talvez nunca vao saber que sao meus amigos.

A gente nao faz amigos,reconhece-os!

--Vinicius de Moraes

Thursday, September 27, 2007






AVEIRO É NOSSO!

1. Que seria de Aveiro sem os estudantes?! Esta pergunta simples – feita no presente – conduz-nos à visão que, ao longo de mais de três décadas passadas, faz hoje de Aveiro uma “cidade dos estudantes” voltada para o futuro.
A “hora” é a do melhor acolhimento de todos, no esforço dedicado de bem receber aqueles que chegam pela primeira vez e os que continuam o seu estudo. Associações de Estudantes e todos os múltiplos serviços abrem a casa para que todos (os que vêm de todo o país e de muitos outros países) se sintam em casa.
2. É formidável sentir o grito da cor e da expectativa dos que pela primeira vez abarcam em Aveiro. Do seu grito “Aveiro é nosso!” sente-se a rápida identificação e o gosto de logo viverem os ares desta dinâmica região aveirense.
O passar do testemunho das tradições da “faina académica”, especialmente também em tempos de curso mais concentrado (Bolonha) afirmar-se-á como tarefa fundamental para uma pertença dinâmica na vida de uma desejada comunidade plural aberta aos saberes universais.
3. Aos estudantes (que são a razão de ser e o centro de referência das instituições de ensino e do seu múltiplo acompanhamento), hoje é colocada em suas mãos a oportunidade de um curso que é sempre uma responsabilidade social.
Um curso que nunca será uma meta em si mesmo, mas aquela “ferramenta” para depois continuar a aprender fazendo. Por isso, será tanto maior o sucesso quanto a vida do curso tiver lugar para as mais variadas experiências de vida, criatividade e de serviço à comunidade.
4. Os números europeus não nos são famosos: os estudantes portugueses são dos que menos participam na vida social e cultural da comunidade. É um facto, é um hábito (ainda) que habita as entranhas de muita da nossa cultura portuguesa, onde o deixar andar é regra.
Tal como “Aveiro é nosso!”, venha esse “choque cultural” de uma dinâmica motivação, pertença e presença, na vida cultural muito para além da especialidade de cada um...Quanto mais conhecermos, melhor serviremos!

Alexandre Cruz

Wednesday, September 19, 2007

Tuesday, September 04, 2007

MORRE LENTAMENTE


- Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música e quem não encontra graça em si mesmo.
- Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio, e quem não se deixa ajudar pelos outros.
- Morre lentamente quem se faz escravo dos seus hábitos, percorrendo Todos os dias o mesmo trajecto, quem não muda de marca, quem não se arrisca a vestir uma nova cor ou a conversar com quem não conhece.
- Morre lentamente quem faz da televisão o seu refúgio.
- Morre lentamente quem não é capaz de apaixonar-se, quem não põe os pontos nos "is", quem perde o brilho sereno dos olhos e quem transforma os sorrisos em bocejos.
- Morre lentamente quem não vira a mesa quando se sente infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho e quem não foge, pelo menos uma vez na vida, dos conselhos "sensatos".
- Morre lentamente quem passa os dias a queixar-se da sua má sorte e da chuva que não deixa de cair.
- Morre lentamente quem abandona um projecto antes de o iniciar, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando o interrogam sobre algo que ele sabe.Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
--Pablo Neruda