Monday, April 27, 2009

Thank you!!!!!!!!

Obrigada AMIGOS, por colorirem o meu "Dia Especial" com tanto Amor e Carinho!!!!!!!







Sunday, April 19, 2009

A Palavra




_Falais quando deixais de estar em paz
com os vossos pensamentos.

E quando nao podeis ja permanecer
na solidao do proprio coracao
viveis nos vossos labios;
e o som e divertimento e passatempo.

E em boa parte dos vossos discursos,
o pensamento fica meio assassinado.





Porque o pensamento e uma ave do espaco,
que metida na gaiola de palavras
pode abrir as asas,
mas nao pode voar.

Alguns de vos procuram os tagarelas,
com medo de ficarem sozinhos.

O silencio da solidao
revela aos proprios olhos
o seu eu em perfeita nudez
e gostariam de fugir.

Outros falam
e,sem o saberem ou premeditarem,
revelam uma verdade
que nem eles entendem.

Outros ainda
tem em si mesmos a verdade,
mas nao a exprimem por meio de palavras.

No coracao destes
permanece o espirito
no ritmo do silencio.

Quando encontrardes o vosso amigo
a beira do caminho
ou na praca do mercado,
que o espirito anime os vossos labios
e dirija a vossa lingua.

Que na vossa voz,a voz
fale aos ouvidos dos seus ouvidos.

Porque a sua alma
guardara a verdade do vosso coracao
como permanece o aroma do vinho.

Quando esquecemos a sua cor
nem sabemos ja do corpo.
--O Profeta de Kahlil Gibran

Thursday, April 09, 2009



O MENINO DE SUA MAE


No plaino abandonado
Que a morna brisa aquece,
De balas trespassado
– Duas, de lado a lado –,
Jaz morto, e arrefece.

Raia-lhe a farda o sangue.
De braços estendidos,
Alvo, louro, exangue,
Fita com olhar langue
E cego os céus perdidos.

Tão jovem! que jovem era!
(Agora que idade tem?)
Filho único, a mãe lhe dera
Um nome e o mantivera:
«O menino da sua mãe».

Caiu-lhe da algibeira
A cigarreira breve.
Dera-lhe a mãe. Está inteira
É boa a cigarreira,
Ele é que já não serve.

De outra algibeira, alada
Ponta a roçar o solo,
A brancura embainhada
De um lenço... Deu-lho a criada
Velha que o trouxe ao colo.

Lá longe, em casa, há a prece:
«Que volte cedo, e bem!»
(Malhas que o Império tece!)
Jaz morto, e apodrece,
O menino da sua mãe.
--Fernando Pessoa

Monday, April 06, 2009

Que recepcao tao calorosa das minhas gaivotas.....como eu,elas tambem estavam cheias de saudades!!!!!








Maresia...

Cada vez que o contemplo.
Que respiro essa maresia,
É como cada sonho e fantasia!
Esse mar que me alimenta,
Essa onda que me faz viver,
Esse horizonte que separa,
O querer, o poder e o dever!
Fecho os olhos e divago.
Sinto as ondas a rebentar,
A espuma branca e espessa
Como me querendo abraçar!
Cada alga que descansa
Nas areias que o mar portou.
São como símbolo de vida.
Um segredo que ocultou!
Quando abro os olhos e vejo
Essa corrente de mar.
Faz minha alma sentir,
O quanto é bom acordar!
--Catarina Araujo